A surpreendente relação recíproca entre mãe e prole
Glicocorticoides são hormônios comumente utilizados na prática médica para ajudar o amadurecimento fetal em gestações com risco de parto prematuro. Entretanto, trabalho científico desenvolvido no Laboratório de Estudos em Neuroendocrinologia e Comportamento (LENEC) do Departamento de Ciências Fisiológicas, sob orientação da Profa. Dra. Fernanda B. Lima, demonstrou que essa prática no final da gravidez pode trazer prejuízo à interação mãe-filho após o nascimento. O estudo demonstrou que a exposição de ratas prenhas a altas doses de glicocorticoides pode reduzir o comportamento parental das mães e induzir baixo crescimento e aumento de mortalidade fetal. Quando mães que não haviam recebido a droga cuidaram de filhotes expostos a glicocorticoides houve redução da mortalidade dos mesmos. Surpreendentemente, quando mães tratadas com glicocorticoides cuidaram de filhotes que não haviam sido expostos à droga houve restauração de seus comportamentos parentais, ou seja, os cuidados com a prole foram os mesmos daqueles exibidos por mães não tratadas com glicocorticoides. Isso mostra que o cuidado materno apropriado depende de estímulos adequados que são característicos de filhotes saudáveis. Clique aqui para ter acesso à íntegra do trabalho.