Destaques
- O estudo analisou os parâmetros metabólicos e comportamentais de camundongos fêmeas de meia idade quando há mudança de dieta hiperlipídica para dieta padrão.
- A dieta hiperlipídica oferecida por 12 semanas resultou no aumento do peso, intolerância à glicose e prejuízo na memória e emocionais.
- A mudança de uma dieta hiperlipídica para dieta padrão pelo período de 4 semanas, foi capaz de melhorar os parâmetros metabólicos e comportais.
Em estudo desenvolvido durante seu mestrado no Neuroscience Coworking Lab na UFSC, a Sara Pereira Braga e colaboradores identificaram que a mudança do padrão alimentar, de uma dieta hiperlipídica para uma dieta padrão, foi capaz de melhorar os parâmetros metabólicos e comportamentais induzidos pela obesidade. A obesidade é mais prevalente no sexo feminino, e há evidências que demonstram uma relação entre obesidade feminina, idade avançada e depressão. O estudo foi publicado na revista Behavioural Brain Reserach.
O estudo foi conduzido utilizando camundongos fêmeas da linhagem C57Bl6 de 12 meses de idade, os quais foram alimentados por 12 semanas com dieta padrão ou hiperlipídica. Da 12° até a 16° semana, todos os animais receberam dieta padrão. Ao longo desse período, os parâmetros metabólicos e comportamentais foram conduzidos.
No estudo, os autores identificaram que o consumo de dieta hiperlipídica por camundongos fêmeas de meia idade (12 meses de vida) resulta no aumento do peso, intolerância à glicose e prejuízos na memória. A mudança do padrão alimentar para uma dieta padrão, por apenas 4 semanas, foi capaz de melhorar os parâmetros metabólicos, de memória e emocionais.
Acesse o artigo na íntegra pelo link:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0166432820306689?via%3Dihub
O Departamento de Ciências Fisiológicas torna público o processo de seleção de monitores para o semestre 2024.2 nas disciplinas de Fisiologia e Biofísica. As inscrições serão realizadas entre os dias 26 de agosto de 2024 e 1 de setembro de 2024. Os candidatos deverão enviar toda a documentação solicitada no Edital à Coordenadora de Ensino do CFS, Profa Mariana G Terenzi (), até o último dia das inscrições.
As informações e documentos necessários para inscrição e as disciplinas com vagas para monitoria estão disponíveis no Edital.
Edital de Seleção de Bolsas de Monitoria – 2024.2 (CFS)
Formulário de Inscrição
Resultado final da Seleção – Bolsas de Monitoria 2024.2
Destaques
- O estudo analisou os níveis de corticosterona liberados por adipócitos derivados do tecido adiposo perivascular e macrófagos após estimulação crônica dos receptores β-adrenérgicos.
- A corticosterona foi sintetizada pela síntese de novo via aumento da expressão da enzima 11β-HSD1.
- A hiperativação de receptores β3-adrenérgicos aumenta a expressão de 11β-HSD1 e corticosterona contribuindo para a disfunção vascular.
Em estudo desenvolvido durante seu pós-doutoramento no Laboratório de Biologia Vascular na UNICAMP, a Profa. Jamaira A. Victorio e colaboradores identificaram que a hiperestimulação de receptores β-adrenérgicos com isoproterenol, um agonista β-adrenérgico, aumentou a liberação de corticosterona no tecido adiposo perivascular (PVAT) ou isoladamente no adipócito derivado do PVAT. A síntese de corticosterona ocorreu pela ativação da via de novo da corticosterona, via ativação da enzima 11β HSD-1, a qual converte o metabólito inativo em corticosterona, pelo receptor β3-adrenérgico. Esse conhecimento coloca o PVAT como um importante alvo terapêutico para doenças que cursam com a hiperativação simpática, como a hipertensão e insuficiências cardíaca. O estudo foi publicado em maio na revista Endocrinology.
O estudo foi conduzido utilizando PVAT, um depósito de tecido adiposo ao redor dos vasos sanguíneos, da aorta torácica de ratos, cultura primária de adipócitos derivados do PVAT e cultura primária de macrófagos. O tecido e as células foram incubados por 24h com isoproterenol. O PVAT e o meio condicionado das células e do PVAT foram utilizados para avaliar os níveis de corticosterona, expressão proteica e a função vascular da aorta.
A incubação com antagonista do receptor β3-adrenérgico preveniu a disfunção vascular induzida pela hiperativação simpática induzida pelo isoproterenol, o aumento da expressão da enzima 11β HSD-1 e da liberação de corticosterona.
Acesse o artigo na íntegra pelo link: https://academic.oup.com/endo/article/165/6/bqae053/7665821
Destaques
- Estudo analisou as alterações de parâmetros cardíacos e sua correlação com os níveis de gordura corporal frente ao estresse mental agudo
- A redução da atividade parassimpática é um fator de risco para eventos cardíacos
- O estudo irá colaborar para elaboração de estratégias de prevenção de doenças cardiovasculares, como controle dos níveis de gordura corporal, principalmente em bombeiros.
Grupo de pesquisa liderado pelo Prof. Dr. Guilherme F. Speretta no Laboratório de Biologia Cardíaca & Vascular (CardioVasc) do CFS/UFSC identificou que o estresse mental agudo contribui para elevação da frequência cardíaca e pressão arterial média associado a redução da atividade parassimpática cardíaca em bombeiros, sendo este último um importante fator de risco para eventos cardíacos nesses trabalhadores. Essas respostas estão atenuadas em bombeiros com maior adiposidade, podendo indicar maior risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Os dados foram publicados em fevereiro no International Journal of Cardiovascular Sciences.
O estudo foi conduzido em vinte e cinco bombeiros da Brigada de Incêndio de Santa Catarina os quais foram submetidos ao teste de cores e palavras, conhecido como teste de Stroop, para indução de estresse mental agudo e avaliação dos parâmetros cardíacos e corporais. Neste teste são apresentados os nomes das cores porém a cor da palavra é diferente, enquanto o participante ainda ouve diferentes nomes de cores. Em seguida, o participante fala que falar a cor da palavra. Este é um importante teste para induzir alterações cardiovasculares.
O estudo demonstra a relevância do controle dos índices de gordura corporal e planejamento de estratégias de intervenção para a prevenção de doenças cardiovasculares em trabalhadores submetidos a situações agudas de estresse mental, como os bombeiros. O grupo destaca que a avaliação dessas respostas foram feitas apenas em homens, mas que é importante também serem avaliadas em mulheres.
Acesse o artigo na íntegra pelo link: https://ijcscardiol.org/article/heart-rate-reactivity-to-acute-mental-stress-is-associated-with-parasympathetic-withdrawal-and-adiposity-in-firefighters/
As inscrições para o processo de seleção de monitores do CFS no semestre 2024.1 estão abertas. Os candidatos devem enviar a documentação ao professor responsável, conforme solicitado na aba formulário.
Normas: Artigo 8º da Resolução Normativa n.º 53/CUn/2015, e republicada com alterações dadas pela Resolução Normativa nº 85/2016/CUn.
Código |
Disciplina |
Curso |
Tipo de monitoria e vagas |
Formulário |
CFS 5146 |
Fisiologia Humana I |
Nutrição |
Bolsa (1); Voluntária (1) |
Ficha de inscrição |
CFS 5148 |
Fisiologia Humana |
Educação Física |
Bolsa (1) L; Bolsa (1) B |
Ficha de inscrição (L)
Resultado (L) |
CFS 5153 |
Fisiologia I |
Enfermagem |
Bolsa (1) |
Ficha de inscrição |
CFS 5155 |
Fisiologia Humana para CTA |
Ciências e Tecnologia de Alimentos |
Bolsa (1) |
Ficha de inscrição |
CFS 7001 |
Biofísica Instrumental |
Ciências Biológicas |
Bolsa (1) |
Reconduzido |
CFS 7002 |
Fisiologia |
Ciências Biológicas |
Bolsa (1) |
|
CFS 7102 |
Fisiologia Humana II |
Odontologia |
Bolsa (1) |
Reconduzido |
MED 7002 |
Fisiologia Humana |
Medicina |
Voluntária (1); Bolsa (1) |
Ficha de inscrição
Resultado |
Em artigo recentemente publicado no renomado periódico científico Nature Communications, professora do Departamento de Ciências Fisiológicas, Profa. Dra. Renata Lataro, e sua estudante, Laís Alflen, em colaboração com pesquisadores da Universidade de Auckland (Nova Zelândia) e da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) mostraram resultados promissores de um novo medicamento para tratar a insuficiência cardíaca, uma das principais doenças cardiovasculares.
Este medicamento, conhecido como AF-130, foi testado em um modelo animal de insuficiência cardíaca. Os pesquisadores descobriram que este medicamento melhorou a capacidade do coração de bombear sangue.
Quando uma pessoa sofre um ataque cardíaco, uma provável consequência será o desenvolvimento de insuficiência cardíaca. Nesta situação, o cérebro responde ativando o sistema simpático, a resposta de “luta ou fuga”, como forma de estimular o coração a bombear mais sangue. No entanto, o cérebro persiste com esta ativação do sistema nervoso, mesmo quando já não é necessária, o que contribui para a redução da qualidade e expectativa de vida do doente. Este estudo revelou um novo medicamento capaz de moderar a atividade nervosa do cérebro para o coração, revertendo, assim, o declínio progressivo da função cardíaca na insuficiência cardíaca. Além disso, a parte do cérebro que envia impulsos nervosos para o coração também controla a respiração. Portanto, esta droga tem uma função dupla, reduzindo a resposta de “luta ou fuga” enquanto também controla as alterações respiratórias apresentadas pelos pacientes com insuficiência cardíaca. Essas descobertas têm potencial real para melhorar o bem-estar e a expectativa de vida das pessoas que vivem com essa doença. Acesse aqui o trabalho na íntegra.
Imagem: Cardiométodo
Foi finalizado o processo de seleção de monitor bolsista para a disciplina de Fisiologia Humana (CFS7100) no semestre de 2023/2. Acesse aqui o resultado
Pesquisa desenvolvida no Laboratorio de Neurobiologia da Dor e Inflamação (LANDI) e coordenada pela Profa. Dra. Morgana Duarte da Silva, encontrou propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antioxidantes em uma planta bastante comum no sul do Brasil: a grumixama ou cereja-brasileira (Eugenia brasiliensis). A grumixameira ocorre na mata Atlântica desde o sul da Bahia até Santa Catarina, mas infelizmente encontra-se entre as espécies em extinção, devido à procura por sua madeira. A pesquisa foi publicada em fevereiro de 2023 na revista científica Journal of Ethnopharmacology e mostrou que animais tratados com o extrato produzido a partir das folhas de Eugenia brasiliensis tiveram uma melhora significativa em sintomas de dor e redução de moléculas inflamatórias e oxidantes. Esses resultados são promissores e representam um novo caminho para o tratamento da dor e inflamação a partir de uma planta medicinal brasileira. Esse estudo também nos mostra a importância de preservarmos a nossa biodiversidade. Clique aqui para acessar o artigo.
Foto: Eugenia brasiliensis (grumixama) – Wikipédia